Depois que dados mundiais mostraram que o mês passado foi o outubro mais quente já registrado, cientistas da União Europeia disseram que 2023 será o ano mais quente em 125 mil anos. A maior marca de temperatura para o mês no planeta, de 2019, foi superada com folga.
Esse dado foi confirmado pelo Serviço de Mudanças Climáticas (C3S, na sigla em inglês) do Copernicus, observatório climático europeu. Em 2023, a média para o período foi de 15,38°C na superfície do planeta.
O calor é resultado das contínuas emissões de gases de efeito estufa provenientes da atividade humana, combinadas com a ocorrência do El Niño, que aquece as águas superficiais no Oceano Pacífico Oriental.
Globalmente, a temperatura média do ar em outubro foi 1,7°C mais quente do que a média para o mês no período pré-industrial (1850-1900). Até agora, o ano de 2023 teve outros quatro meses consecutivos que foram os mais quentes para o período.
Também teve um julho que ficou marcado como o mês mais quente já registrado na história. O recorde anterior era de 2016 outro ano de El Niño. Desde janeiro, a temperatura média do planeta é a mais quente já registrada para os primeiros dez meses do ano.
Ficou 1,43°C acima da média no período 1850-1900, segundo o Copernicus. O conjunto de dados do Copernicus remonta a 1940.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
