Na região do Planalto Santereno, constituído por áreas dos municípios de Santarém, Mojuí dos Campos e do recorte da pesquisa, Belterra, houve aumento de mais de 600% no número de doenças neurológicas ligadas ao uso de agrotóxicos.
A conclusão vem de dados de uma pesquisa de tese de doutorado. Os impactos dos agrotóxicos na saúde de quem tem contato imediato com os produtos tóxicos são: dor de cabeça, náuseas, coceiras, alergias e alergias respiratórias.
São os sintomas clássicos quando tem pulverização, mas há os casos subagudos e crônicos, que são aqueles de exposição a agrotóxicos em pequenas doses a médio e longo prazo. A pesquisa analisou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em dois recortes temporais, de 2004 a 2014 e de 2014 a 2022.
Primeiro descobriu-se que nem sequer há registros completos de possíveis casos de intoxicação e de doenças derivadas de agrotóxicos, sobretudo, do glifosato, comumente usado nas plantações de soja.
Ao buscar dados sobre os casos de intoxicação subaguda e crônica, no DataSUS, os dados de doenças neurológicas, má-formação fetal e câncer mostraram que os casos de doenças neurológicas cresceram mais de 667% em uma década. Em Belterra, havia casos de homens com 35 anos com Alzheimer.
Foto: Agência Pará