O Fundo Amazônia acumula um rosário de expectativas frustradas e promessas não cumpridas, passados 15 anos desde que foi criado. Dos cerca de R$ 495 bilhões esperados, em valores atuais (US$ 100 bilhões), firmados em compromisso à época por países ricos, somente R$ 3,6 bilhões (US$ 734,3 milhões) chegaram (o equivalente a 0,7% dos repasses esperados).
Somadas, todas as doações aportadas somente neste ano no Fundo Amazônia, o valor é inferior aos R$ 200 milhões (US$ 40,8 milhões). Em termos comparativos, este montante que não chega ao orçamento de um ministério brasileiro.
Esse dinheiro tem como destino o financiamento de projetos de conservação da floresta e desenvolvimento sustentável com vistas ao combate das mudanças climáticas. Em outubro passado, o BNDES informou que a diretoria havia aprovado o contrato de duas novas doações.
Juntas elas eram de R$ 45 milhões (US$ 9,1 milhões). Um aporte era da Suíça, no valor de R$ 30 milhões (US$ 6,1 milhões), e outro dos Estados Unidos, de cerca de R$ 15 milhões (US$ 3 milhões). A contribuição dos EUA ao Fundo Amazônia na era Lula 3 era uma das mais aguardadas.
Isso porque, meses antes, em abril, o presidente Joe Biden havia anunciado, em encontro de chefes de Estado no Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, a destinação de R$ 2,5 bilhões (US$ 500 milhões), cifra muito superior à que efetivamente chegou.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil