Tentativa de venda de objetos sacros que podem ter sido desviados de igrejas tombadas é investigada pelo Iphan e PF

A Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e a Polícia Federal (PF) investigam a procedência de objetos de arte sacra que seriam vendidos em um leilão no fim de setembro. O lance mínimo para os objetos somava R$ 219 mil.

Existe uma forte suspeita de que as peças foram furtadas de pelo menos duas igrejas do Rio de Janeiro e de uma catedral de Belém (PA) há décadas, ou vendidas de forma irregular.

Entre os objetos, estão três peças de prata com características idênticas as que aparecem em um catálogo on line do Iphan de obras desaparecidas da Igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo (1º de março).

Outras cinco foram identificadas pelo provedor da Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, Claudio Castro, como objetos que sumiram do acervo há 40 anos. O caso foi revelado pelo colunista Ancelmo Gois, de O GLOBO.

A Igreja, construída no século XVIII, chegou a ficar fechada por quatro anos e foi reaberta integralmente restaurada em junho deste ano. Entre as demais peças está um par de tocheiros com selos como pertencente da Catedral de Belém, com um lance mínimo de R$ 90 mil.

Foto: divulgação