Desde setembro do ano passado, o Ministério da Saúde vem anunciando a chegada da terapia dupla em comprimido único contra o HIV. Porém, no dia 9 de janeiro, a pasta informou que completou a etapa de distribuição de 5,6 milhões de comprimidos do novo tratamento simplificado para todas as farmácias de antirretrovirais do país.
A partir de agora, eles vão chegar às mãos dos pacientes. Para organizar a migração para o novo comprimido único, foi determinado que os primeiros a retirarem o esquema novo a partir de janeiro de 2024 serão os pacientes com mais de 50 anos de idade e que já estavam usando o esquema simplificado em comprimidos separados desde antes de 30/11/2023.
Além disso, são critérios para a migração a boa adesão ao tratamento e a manutenção da carga viral indetectável no seu último exame de rotina. Com a chegada de mais comprimidos no novo esquema, o Ministério planeja conseguir disponibilizá-lo para o resto da população até o meio de 2024.
No país, já é usado há mais de 10 anos outro esquema antirretroviral em comprimido único, mas de uma geração antiga contendo 3 drogas nele sendo uma delas o tenofovir.
Classicamente, desde o final da década de 1990 só era considerado correto um tratamento antirretroviral para o HIV/Aids que tivesse no mínimo 3 medicamentos diferentes.
No entanto, desde 2019 uma série de estudos comprovou que, considerando os medicamentos antirretrovirais mais modernos, esse dogma está obsoleto. Em algumas situações específicas é perfeitamente possível tratar o HIV de uma pessoa usando esquemas com apenas 2 drogas.
Foto: Leo Rodrigues/EBC